PROJETO DOCUMENTÁRIO
20 ANOS DA MARCHA DA MACONHA RIO
ARGUMENTO
A Cidade do Rio de Janeiro carrega em sua história um grande protagonismo na luta antiproibicionista brasileira.
Na década de 1980, a cidade teve o seu litoral agraciado com milhares de latas repletas de maconha de primeira qualidade, dando vida ao lendário ‘Verão da Lata’.
Em 1985 ocorreu um dos primeiros eventos de discussão sobre a maconha e sua legalização na universidade (Maconha em Debate – UFRJ).
Na década de 1990 foi palco dos icônicos apitaços, mecanismo utilizado pelos maconheiros para avisar aos adeptos do consumo da erva nas praias da presença da polícia.
Nesse período também nasce na cidade a banda Planet Hemp, o projeto artístico canábico de maior projeção cultural do país.
A cidade recebeu há exatos 20 anos, em 2002, a primeira Marcha da Maconha do país (história da portuguesa Susana e a MMM).
De lá pra cá, tradicionalmente, no primeiro fim de semana de maio, a Marcha arrasta mais de 15 mil maconheiros e simpatizantes pela orla da praia de Ipanema, marchando do Jardim de Allah ao Arpoador, celebrando a planta e manifestando pelo fim da sua proibição.
A MM tornou-se a principal ação do movimento social canábico e antiproibicionista brasileiro e está presente hoje em dezenas de cidades do país.
O RJ também foi pioneiro e ativo no processo de construção e organização do primeiro fórum nacional de cultivadores de maconha, o Growroom, assim como das primeiras associações de pacientes que fazem uso de cannabis para fins medicinais e também do desenvolvimento das estratégias jurídicas adotadas para garantir na justiça o direito ao cultivo da planta por pacientes.
Na política institucional, o Estado foi pioneiro no Brasil em aprovar uma lei estadual de fomento à pesquisa e apoio às associações de pacientes de cannabis, em 2019, através do mandato do Dep. Carlos Minc.
O Rio é a segunda maior cidade do Brasil, cartão postal do país e, infelizmente, uma das capitais que mais mata e encarcera pessoas com a justificativa da “guerra contra as drogas”.
Também carrega outro protagonismo negativo, o de ter sido a primeira cidade nas Américas e uma das primeiras no mundo a adotar uma norma proibitiva do comércio e uso da maconha, com base explicitamente racista, ainda em 1830.
O Brasil como nação independente já nasce proibicionista, quando poucos anos após a independência de Portugal, decreta esta norma na sua capital.
O projeto
A proposta deste documentário é produzir um registro histórico dos 20 anos de Marcha da Maconha no Rio de Janeiro, contando essa história através de imagens de arquivo em diálogo com os atores do movimento, organizadores e apoiadores históricos, demarcando os momentos mais importantes dessa trajetória. A proposta é de uma produção histórica sobre a Marcha da Maconha e educativa sobre antiproibicionismo e a luta por uma outra política de drogas.
- As ‘Milion Marijuana Marchs’ e a iniciativa da portuguesa Susana de puxar a 1ª marcha da maconha do Brasil em 2002, no Rio de Janeiro (diálogo com personagens que participaram da 1ª marcha e que estudaram e publicaram trabalhos sobre o tema).
- A marcha como uma grande festa e celebração dos maconheiros – a ala dos cultivadores (Growroom)
- A marcha como um ato político – a ala partidária (Renato Cinco/MLM)
- As grandes repressões de 2007 e 2009 (Matias + Raoni + Emilio)
- A vitória no STF em 2011 pelo direito de marchar pela legalização (André Barros + Luciana Boiteux). A marcha é o único movimento social no Brasil com garantia de legitimidade referendada pelo STF.
- Prisão de militantes em panfletagem 2011 (Cinco + Tomazine + Raoni + André Barros + Gerardo)
- As manas na marcha – a ala feminista (Amanda, Kethlen, Constança)
- A chegada dos psiconautas – a ala psicodelica (APB, Assoc. Psicodélica do Brasil)
- A chegada dos pacientes e das associações – a ala medicinal (apepi + abracannabis)
- A chegada da Marcha das Favelas – a ala periférica (Felipe, Brave, Kenny, Amanda, Punk)
- A ala cultural (Rádio Legalize, Bloco Planta na Mente, Baile Claps, MC Leonardo)
- Comunicação e coberturas (hempadão, smoke buddies, nahbrisa, mídia ninja)
- As marchas online durante a pandemia 2020 e 2021 (Podcast Maconhômetro, ações nas ruas e nas redes)
- As ações de construção da marcha de 2022, confecção de camisas, bolsas, carimbos, oficina de carimbo, e sedanfletos – ok
- A documentação da marcha deste ano, realizada em 7 de maio – ok
personagens
Além dos registros históricos, o filme vai mobilizar para todos os personagens a seguinte pergunta:
Por quê você milita pela legalização da maconha? O que te mobiliza a dedicar parte da sua vida a esse ativismo?
- William
- Emilio
- Brave
- Cinco
- Raoni
- Matias
- André Barros
- Antonio
- Mattei
- Monique
- Phill
- Luciana Boiteux
- Amanda
- Kethlen
- Constança
- Dave Coutinho
- Makana
- Cadu
- Veríssimo
- Minc
- Tomazine
- Zanon
- Margarete
- Pedrão
- Felipe
- Beserra
- Rudi
- Gerardo
- Zaccone
- Nilo Batista
- Dr Gustavo Castanho
- Luiz Paulo Guanabara
- Gustavo Castro
etapas de produção
Pesquisa e Roteiro
Pesquisa, levantamento de dados, registros de arquivo e produção de roteiro e personagens
Gravações
Entrevistas e coberturas das ações e da marcha
Montagem, edição e finalização
Decupagem, edição, montagem e finalização do filme, legendagem, colorização, sonorização
Lançamento e promoção
Artes e textos para publicação e promoção do filme. Evento de lançamento.